pode ser
que tudo quanto ora sou
nada mais seja
que o verso e o inverso
de um holograma incompleto de mim
e nessa amplitude da minha mortalidade
nesse rabisco do caminho em que me faço e tropeço
sobre, agora, o meu depois
etéreo, ainda mistério,
eu vital de que nada sei
talvez…
2010-07-20