é intemporal
o tempo
em presente fugidio
futuro que se vai
passado que fica
na réplica dos espelhos
em teu coração alado
eterno pulsar dos sonhos
sempre agora
nunca nunca
é tempo
de se perder
faz tempo
que a vida tem
o tempo comum
dos mortais que a mudam
ponto a ponto
pontuo o tempo branco
da cor de teus olhos
lidos sem fim
arco-íris do mundo
linhas imaginadas
dia a dia
que abraço e beijo
nas minhas mãos
o tempo seguinte
o poema liberto
sem hora marcada
a palavra segundo
a cadência da luz
sobre os minutos redondos
do silêncio dos medos
são tempos de mim
2014-07-30