sei dos tempos alagados em que te moves
horas convexas de neblinas
circuitos que se te fecham de retornos
vontades fenecidas de anestesias
conheço por aí caminhos nulos
descidas de quando sobes
sei desses tantos muros
também teus pulos
sonhos em redor de outros dias
sei que encontrarás rumo de te dares
despojada vida
em todo o tempo e lugar
sem que da montanha ainda avistes
nem das mochilas
os socalcos
em planos inclinados de nenhures.
não contes quanto
se incomodam os passos
nem quando pesam
sob a pele dos sentidos.
se ris o azul das montanhas que nasces
é sempre teu o horizonte
que algures hoje se insinua.
2012-01-27