De boca em boca

se abres a boca antes de abrir a mente
somente
tu não sabes
que silêncios há por abrir

vês
choram as flores que se abrem ao orvalho
mas não quando jazem
em teus olhos tardios
por florir

que a palavra não te saia
como aos ouvidos entrou
em todo o céu há línguas
de lábios por traduzir

sabes
a razão é da tua espécie
tua natureza de ser chão
e palavra por se descobrir

2018-01-29

Esta entrada foi publicada em Poesia com as tags , , , , . ligação permanente.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *