de cosmos medida
em escuridão e luz
ouço do silêncio a batida
a vida respira no olho do tempo
sem ponto de partida
nem remissão da morte
meu único verso
é do tempo do sonho
passado sem sombra por vir
aqui já sou a hora de agir
amanhã ainda fui menos a de hoje
um fôlego de sorte
entre a luz e o chão
minha é só a vida que sou
ínfima demais para de todo sê-la
demasiado grande para caber no mundo
2015-11-30