ouço-te
o som dos sonhos
no espelho dos meus
cadentes
de idas e regressos
na vertigem dos tempos
beijo
de mãos cheias
lábios em versos
onde serenam os ventos
deixa-me repousar
palavra
no veludo da tua voz
deixa-me ficar
segredo
no silêncio da tua pele
teus olhos sorrindo
sem fim
janelas de teu mundo
para mim
guarda essas estradas
bem no fundo
nada me dês
que só sendo teu
poderá também ser meu
seio
amplo e fecundo
2014-03-30