Dúvida devida

Uma dúvida
eu não sei porquê
tantas dúvidas
sem razão
de ser
duvidosa certeza
de não saber

Multiverso este ponto
complexo
de um eterno amanhecer
na razão da luz que o contém
e o detém completo
uno versando a dúvida
em que se (des)faz
a noite
ao dia entardecer

Complexa aparência
da vida, demasia
dúvida autêntica
movida, arritmia
mudança que se muda
bastança de avaro mundo
e o avesso
num só tempo
Eis a cintilação do dia
verdade
que verdadeira mente
morre quando nasce
e de ilusão se adia

Uma certeza
eu não tenho
sinto
de-vida me é dada
com-sentindo
cada instante
puro sangue e fogo
pulsante
no alvo altar da fantasia

2011-05-27

Esta entrada foi publicada em Poesia com as tags , , , , . ligação permanente.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *