Brota a nascente da consciência humana
Corre ululante numa estranha explosão de lágrimas
Em todos os rostos o cristalino júbilo
Lídima alegria em sorrisos desenfreados
Há sempre uma primeira vez para a liberdade
De todo o povo é apanágio a dignidade
Orgulho da alma, que ao corpo o sangue pede
E se revolve viva em asas de crisálida
Moldando o chão ao céu que em si ergue
Há sempre um sonho que respira liberdade
Ouvem-se de longe os ritmos dos tambores
Harmonia rara a de uma praça que canta
Rio de gente que no seu preciso tempo
Se liberta nas veias que jorram a felicidade
Há sempre música em quem canta a liberdade
Seres humanos que se olham e vêem humanos
Fazem a cidade maior que o seu lugar
Longo rio livre que se abre delta fecundo
E lento se entrega para além de todo o mar
Há sempre a-braços para amar a liberdade
2011-02-19
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