de que vale por que respiro
vivo e não é razão
se não a arte
se não o verso e a cor
se não a curva das minhas mãos
sobre o silêncio e a sorte
se não a música e a minha voz
na dança íngreme das planícies
se não arquiteto o amor
de que vale por que rio
e só mar não é razão
se não me invento
livre sobre este chão
que outra vida
se não a refletida
por em outras nesta vida
se não da arte
ou da sua tentativa
2016-12-30